O chapéu violeta (Autor desconhecido)


5 anos: ela olha para si e vê uma princesa.

8 anos: ela olha para si e vê Cinderela.

15 anos: ela olha para si mesma, vê uma bruxa ("Mãe, eu não posso ir pra escola com esta aparência!").

20 anos: ela olha para si e se vê: "muito gorda/muito magra, muito alta/muito baixa,
com cabelo muito liso/muito encaracolado", mas decide sair de qualquer maneira.

30 anos: ela olha para si e se vê: "muito gorda/muito magra, muito alta/muito baixa,
com cabelo muito liso/muito encaracolado", mas decida que não tem mais tempo para consertar, e sai de qualquer maneira.

40 anos: ela olha para si e se vê "muito gorda/muito magra, muito alta/muito baixa,
com cabelo muito liso/muito encaracolado", mas diz: ao menos estou "bem comigo", e sai de qualquer maneira.

50 anos: ela olha para si e diz "eu sou", e vai onde quer que deseje ir.

60 anos: ela olha para si e relembra todas as pessoas que nem mais conseguem se ver no espelho. Sai e conquista o mundo.

70 anos: ela olha para si e vê sabedoria, graça e habilidade. Sai e aproveita a vida.

80 anos: não se importa em olhar. Simplesmente coloca seu chapéu violeta e sai para divertir-se com o mundo.

PERGUNTE AO SÁBIO ORIENTADOR 1 (posgraduando.com)




1- Qual o termo que se usa para dizer que esta fazendo pós-graduação?
R: Trabalho escravo

2- Sou praieiro, sou guerreiro, tô solteiro, quero mais o quê?
R: Que tal um emprego, meu jovem?

3- Qual seria o resumo da história da humanidade até agora?
R: Falhamos.

4- Mestre, eu passei no doutorado e tenho medo de meu orientador ser um psicopata de tanto trabalhar. O que devo fazer?
R: Um seguro de vida. Se possível, no meu nome.

5- Porque pós-graduando não tem férias?
R: Como uma pessoa que não "trabalha" pode ter férias?

6- Quando eu estiver fazendo mestrado tbm vou pagar meia entrada?
R: Vai. E assistir meio show.

7- Mestre, estou terminando a graduação agora, me diga uma coisa: o que dá mais status: mestrado ou pós lato sensu?
R: Ter dinheiro.

8- Eu vou ter sucesso?
R: Sim, você terá muito sucesso. Pena que não irá ter muito dinheiro...

9- Querido orientador, ano novo, vida nova, que tal o renovarmos nossa relação, o que acha? pq o senhor não para de usar tudo o que falo contra mim e pq fica lendo meus twittes e depois usa isso contram mim? dá para parar de pegar no meu pé?
R: Sinto informar, mas não do tipo de pessoa que faz promessas no começo do ano.

10- Meu orientado, da graduação, fez nem sequer uma correção na minha monografia ainda. E tenho de entregar em menos de uma semana. O que devo fazer?
R: Se preparar psicologicamente para a surra na banca.

11- Caro Sábio Orientador, se vc nunca tem tempo para responder meus e-mails, pois diz estar em bancas eventos e etc. como arruma tempo ao longo do semestre para ir fazer turismo na europa?
R: É tudo uma questão de prioridades.

12- Magnífico Mestre dos mestres, será que minha orientadora revisará meu artigo antes do Natal e conseguirei submetê-lo para publicação antes do ano novo?
R: Claro. Mas só se a fadinha dos dentes deixar uma moeda embaixo do seu travesseiro.

13- Caro orientador, porque minhas simulações não convergem?
R: Por causa de um problema naquela "pecinha" que fica entre a cadeira e o computador. Sugiro trocar.

14- Como vai ser minha defesa?
R: Emocionante e divertida... Para os professores da banca, claro.

15- Não consigo escrever, o q faço?
R: Não se preocupe. O Tiririca também não e veja quanto ele está ganhando agora.

16- Caro e sábio orientador, é possível viver com uma bolsa de mestrado de R$ 1200,00, pagando aluguel, contas, comprando comida e ainda pegando ônibus em cidades baratas como Campinas, Rio de Janeiro e São Paulo?
R: Caro orientando, ninguém "vive" durante o mestrado. Alguns "sobrevivem". E olhe lá.

17- Sábio orientador, quantos orientados são necessários para trocar uma lâmpada?
R: Apenas um: ele amnda e os orientando trocam.

18- Se eu passar na banca vou pro céu?
R: Para o céu dos desempregados.

19- Mestre, o que acha da pós-graduação à distância?
R: Particularmente não gosto. Fica difícil sacanear um orientando que não está por perto.

20- O que acontece com um orientador que não orienta seu aluno?
R: Ele fica com mais tempo livre para fazer o que quiser.

Começando as aulas....

Crônica sobre o BBB (Autor Desconhecido)

Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço. A décima (está indo longe) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.

Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB 10 é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos na mesma casa, a casa dos heróis, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB 10 é a realidade em busca do IBOPE: é putaria ao vivo!!!

Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB 10. Ele prometeu um zoológico humano divertido . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.

Se entendi corretamente as apresentações, são 15 os animais do zoológico: o judeu tarado, o gay afeminado, a dentista gostosa, o negro com suingue, a nerd tímida, a gostosa com bundão, a não sou piranha mas não sou santa, o modelo Mr. Maringá, a nordestina sorridente, a lésbica convicta, a DJ intelectual, o carioca marrento, o maquiador drag-queen e a PM que gosta de apanhar (essa é para acabar!!!).

Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.

Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis?

Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores) , carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados. .

Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo santo dia.

Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.

Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns).

Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.

O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o escolhido receba um milhão e meio de reais. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!

Veja o que está por de tra$$$$$$$$$ $$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.

Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?

(Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores )

Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.

Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um artigo de Jabor, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir. Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade.

Faça sua parte !!!

Kanashimi Wo Yasashisa Ni: Torne Sua Tristeza em Doçura


Sousa kanashimi wo yasashisa ni
Jibun rashisa wo chikara ni
Mayoi nagara demo ii aruki dashite
Mou ikkai
Mou ikkai

Torne tristeza em doçura
E seu jeito de ser em força
Está tudo bem se perder, apenas comece caminhando
Mais uma vez
Mais uma vez

Dareka no kitai ni zutto kotae
Homerareruno ga suki nano desuka?
Naritai jibun wo surikaetemo
Egao wa itsudemo suteki desuka?

Você gosta de ser elogiado por
Corresponder as expectativas de todos?
Seu sorriso sempre será belo
Mesmo se você esconder quem você realmente é?

Hajimari dake yume mite okiru
Sono saki nara itsuka jibun no ude de

Apenas sonhar o começo para depois acordar
e poder encontrar a continuação algum dia por mim mesmo

Souda daiji na mono wa itsumo
Katachi no nai mono dake
Teni iretemo nakushitemo
Kizukanu mama

A coisa mais importante é sempre
Aquela que não tem forma
Mesmo que você a tenha ou a perca
Você jamais saberá

Sousa kanashimi wo yasashisa ni
Jibun rashisa wo chikara ni
Mayoi nagara demo ii aruki dashite
Mou ikkai
Mou ikkai

Torne tristeza em doçura
E seu jeito de ser em força
Está tudo bem se perder, apenas comece caminhando
Mais uma vez
Mais uma vez

Zurui otona wa deau tabi
Atama gohashi na sekkyou dake
Jibun wo sunao ni dasenaku natte
Kizu tsuki nagara sugu ni togatte

Adultos injustos estão sempre
Dando sermões sempre que os encontramos
Estando inaptos a mostrar-se como realmente são
Eles se tornam ríspidos enquanto se machucam

Atarashii kaze mikata ni tsukete
Sagashite iinda itsuka aoi tori wo

Fazendo desse novo vento seu aliado
Pode-se agora procurar pelo pássaro azul

Souda daiji na mono wa itsumo
Katachi no nai mono dake
Teni iretemo nakushitemo
Kizukanu mama

A coisa mais importante é sempre
Aquela que não tem forma
Mesmo que você a tenha ou a perca
Você jamais saberá

Sousa kanashimi wo yasashisa ni
Jibun rashisa wo chikara ni
Mayoi nagara demo ii aruki dashite

Torne tristeza em doçura
E seu jeito de ser em força
Está tudo bem se perder apenas comece caminhando

Namida no ato ni wa nazeka fukki arete
Sora ni niji ga deru you ni shizen na koto
Ame wa agatta ii

É natural gostar do arco-iris
Que algum dia aparece depois das lágrimas
A chuva parou

Dakara daiji na mono wa itsumo
Katachi no nai mono dake
Te ni iretemo nakushitemo
Kizukanu mama

A coisa mais importante é sempre
Aquela que não tem forma
Mesmo que você a tenha ou a perca
Você jamais saberá

Sousa kanashimi wo yasashisa ni
Jibun rashisa wo chikara ni
Kimi nara kitto yareru shinji te ite
Mou ikkai
Mou ikkai
Mou ikkai
Mou iikai!

Torne tristeza em doçura
E seu jeito de ser em força
Está tudo bem se perder apenas comece caminhando
Mais uma vez
Mais uma vez



Eu gosto de letra de musicas japonesas pois elas normalmente são abertas, não contam uma historia propriamente dita, mas como uma arte abstrata elas tendem a deixar que você se adapte ao que ela conta independente se sua história de vida.
Entender esse tipo de letra é entender um pouco mais sobre si mesmo ao mesmo tempo em que não deixa perder sua beleza estonteante.

PS: Obrigado Flavio por ter me enviado o clip e me lembrado desta musica que adoro, ao Felipo por ter me ajudado a traduzi-la da melhor forma possível e a você que que me fez querer te passar esta mensagem.

Quebrando a Métrica e a Rima



Apenas sorrir
Jamais sentir

Apenas querer
Jamais obter

Apenas ouvir
Jamais agir

Apenas sonhar
Jamais realizar

Apenas ser
Jamais viver

Apenas sofrer
Jamais satisfazer

Com que pretexto
Por que razão
Morrer em paz
Sem salvação

Sem saber continuei
A vida passar eu esperei
E ao final apenas observei
Você viu o que eu notei?

Meu coração bate
Meu sangue corre
A felicidade vibra
E a tristesa corroi

Sentimentos
Pensamentos
Apenas feitos de momentos
E pincelados em pressentimentos

Ao perceber que pude ver
Não demorei a querer:
sonhar
desejar
crescer
sobreviver
E ao final apenas "ser"

E você?

Eu quero apenas ver o mar ao luar
Abrir as asas e voar

Quero alcançar os céus e que ninguém me atinja
Quebrar com a gravidade todo que me restrinja

Adeus correntes
Já fui vivente
Passei de descontente
Mar sem sobreviventes
Para céu sem concorrentes
De vida sem presentes
A amor sem delinquentes

Já fui
E quebrando tudo ao meu caminho
estou chegando...

Apareci \o/

Oi oi oi oi!!!!

Bom vim dar os "cabimentos", afinal, também participo daqui certo?!
Bom, explicar a quem entra aqui (inclusive aos demais que faz o blog) a minha ausência... eu nunca sei o que é legal pra postar aqui hahahaha. Alguém me dê uma luuuz!!! :D
Bom, vou pensar numa coisa bem bacana, aí posto ok??
Então pronto, só pra lembrar que eu existo também :)

xxx

Criação do Sentimento Amor

Pois é, alguém discorda? Mais um ponto para o Carlos Ruas.

link: http://www.umsabadoqualquer.com/254-amor/

Review de Natal a Cardiff

Oi gente, desculpa a demora para postar, é que eu tenho tido muitas dificuldades com a internet esses dias, e também tenho gastados horas fazendo exercícios para o curso. bom, o que vou fazer hoje é uma descrição dos acontecimentos até o meu embarque.

1º Pizzaria, todo mundo que pode ir me ver, para me dar um xauz, um abraço e essas coisas. Não posso negar que fiquei muito emocionado com a quantidade de pessoas que foi, ver amigos como o André, o Vini, e o Lucas que a tanto não via, ou ao menos não parava para bater um papo, minhas fieis e absolutas bestfriends Camila e Isa, junto a Grace e Tiago, Mateus e Flavio, e aqueles que estão chegando agora como o Eros, Max, foi um mega presente.

2º O almoço de despedida, sabe, a véspera de uma viagem é algo incrivelmente stressante, e eu, acreditem , sou um verdadeiro catalisador de nervosismo. Entretanto, mesmo meio a tudo isso, brigas, guerras, xingamentos, acusações, e uma paciência e compreensão (dos outros para comigo), conseguimos almoçar num dos restaurantes mais tradicionais da minha rotina Natalence. Obrigado mãe, obrigado mano (se bem que vc não fez tanto esforço assim ¬¬ - XD) e obrigado Anna!

3º E como não poderia deixar faltar, a despedida no aeroporto. nossa, esse momento foi tenso, era umas duas da manhã quase, eu, Mamis, Arthur e Anna já estávamos completamente depressivos, agoniados com a viagem, acho que o uso dos verbos viajar e sentir em demaseio naquele dia causaram isso, mas eis então que surge... tan.. tan.. tan... -------> minha SOGRA!!!! para animar a noite. Nossa, eu sei todas as brincadeiras com sogras e o perigo que toda sogra é, mas tenho que admitir, a minha sogra salvou minha despedida! Ela, Vicente, Fernando, Carol, Isaac chegaram para animar, aquecer, enervar, dar saudades, e tudo isso. É engraçado, mas acho que família é isso, saber aparecer, suportar, entender e odiar em medida. Definitivamente, somo todos uma grande família.

continua...

Cardiff Center Town - olhem o que eu achei

Morran Form Wales - UK to Brazil

Hoje, 29/01/2011, estava eu com meu colega, Tatsu - um japa muito educado, que está fazendo um curso de férias (6 semanas) aqui em Cardiff - Wales -UK, e está terminando o curso de economia no Japão

Vejam a foto:Enfim, estavamos procurando um lugar para comer, meio ao (-1.cº) um grau negativo que estava acontecendo, quando entramos em uma das várias galerias da cidade, em frente a uma igreja gigante e lindona, que quando eu tiver forças para ficar no vento vou tirar fotos, e me deparo com esse cara ai tocando, eu perguntei se podia filmar, e comecei a filmar. O cara mandou muito bem!

Vejam:

Esclarecimentos

Minutos, segundos, dias, anos, milênios de espera. Depressão, felicidade, sonho, raiva, angustia, terror, saudade, agonia, ódio, melancolia, desejo. Ignorar, fingir que não existe, mudar de forma, nome, fugir. Encarar, lutar, procurar, traduzir, ir.

São algumas palavras sem nexo que vem a minha mente quando penso na viagem e que estou aqui em Cardiff - Wales - UK.

O fato é, se você me conhece, sabe meu nome e o que eu venho fazendo da vida nesses últimos anos, o quanto eu amo meus amigos, minha família, meu trabalho e minha vida em Natal - RN - Brazil, sem dúvidas, sabe que essa viagem não tem nada haver comigo. Felipo não largaria a mãe dele muito falariam, ele e Anna são muito ligados, ele precisa de alguém para conversar sempre, ele não largaria os trabalhos e a universidade por uma aventura.

Bom, de fato aqui estou, posso falar que até um pouco melancólico e depressivo por estar longe de vocês. Mas vim para Cardiff, porque eu queria essa prova, queria estudar e me aperfeiçoar no inglês, queria uma fuga para formar minhas ideias, uma certeza de que o que vinha aprendendo até então era útil, e de que eu era bom no que fazia - falar e ensinar inglês e ter a chance de me reinventar em muitos aspectos.

Não pensem que desisti da Anna, da minha família, de vocês, de Natal, ou de qualquer uma destas coisas. Natal é a cidade que escolhi para viver e ter meus filhos com Anna Cecília Chaves Gomes, então, mesmo que demore, eu volto.

Irei continuar o textos aos poucos.

Tributo ao professor Kássio Vinícius Castro Gomes

Meu dever é falar, não quero ser cúmplice. (...) (Émile Zola)

Foi uma tragédia fartamente anunciada. Em Belo Horizonte, um estudante processa a escola e o professor que lhe deu notas baixas, alegando que teve danos morais ao ter que virar noites estudando para a prova subsequente. (Notem bem: o alegado “dano moral” do estudante foi ter que... estudar!).

A coisa não fica apenas por aí. Pelo Brasil afora, ameaças constantes. Ainda neste ano, uma professora brutalmente espancada por um aluno. O ápice desta escalada macabra não poderia ser outro.

O professor Kássio Vinícius Castro Gomes pagou com sua vida, com seu futuro, com o futuro de sua esposa e filhas, com as lágrimas eternas de sua mãe, pela irresponsabilidade que há muito vem tomando conta dos ambientes escolares.

Há uma lógica perversa por trás dessa asquerosa escalada. A promoção do desrespeito aos valores, ao bom senso, às regras de bem viver e à autoridade foi elevada a método de ensino e imperativo de convivência supostamente democrática.

No início, foi o maio de 68, em Paris: gritava-se nas ruas que “era proibido proibir”. Depois, a geração do “não bate, que traumatiza”. A coisa continuou: “Não reprove, que atrapalha”. Não dê provas difíceis, pois “temos que respeitar o perfil dos nossos alunos”. Aliás, “prova não prova nada”. Deixe o aluno “construir seu conhecimento.” Não vamos avaliar o aluno. Pensando bem, “é o aluno que vai avaliar o professor”. Afinal de contas, ele está pagando...

E como a estupidez humana não tem limite, a avacalhação geral epidêmica, travestida de “novo paradigma” (Irc!), prosseguiu a todo vapor, em vários setores: “o bandido é vítima da sociedade”, “temos que mudar ‘tudo isso que está aí’; “mais importante que ter conhecimento é ser ‘crítico’.”

Claro que a intelectualidade rasa de pedagogos de panfleto e burocratas carreiristas ganhou um imenso impulso com a mercantilização desabrida do ensino: agora, o discurso anti-disciplina é anabolizado pela lógica doentia e desonesta da paparicação ao aluno – cliente...

Estamos criando gerações em que uma parcela considerável de nossos cidadãos é composta de adultos mimados, despreparados para os problemas, decepções e desafios da vida, incapazes de lidar com conflitos e, pior, dotados de uma delirante certeza de que “o mundo lhes deve algo”.

Um desses jovens, revoltado com suas notas baixas, cravou uma faca com dezoito centímetros de lâmina, bem no coração de um professor. Tirou-lhe tudo o que tinha e tudo o que poderia vir a ter, sentir, amar.

Ao assassino, corretamente , deverão ser concedidos todos os direitos que a lei prevê: o direito ao tratamento humano, o direito à ampla defesa, o direito de não ser condenado em pena maior do que a prevista em lei. Tudo isso, e muito mais, fará parte do devido processo legal, que se iniciará com a denúncia, a ser apresentada pelo Ministério Público. A acusação penal ao autor do homicídio covarde virá do promotor de justiça. Mas, com a licença devida ao célebre texto de Emile Zola, EU ACUSO tantos outros que estão por trás do cabo da faca:

EU ACUSO a pedagogia ideologizada, que pretende relativizar tudo e todos, equiparando certo ao errado e vice-versa;

EU ACUSO os pseudo-intelectuais de panfleto, que romantizam a “revolta dos oprimidos”e justificam a violência por parte daqueles que se sentem vítimas;

EU ACUSO os burocratas da educação e suas cartilhas do politicamente correto, que impedem a escola de constar faltas graves no histórico escolar, mesmo de alunos criminosos, deixando-os livres para tumultuar e cometer crimes em outras escolas;

EU ACUSO a hipocrisia de exigir professores com mestrado e doutorado, muitos dos quais, no dia a dia, serão pressionados a dar provas bem tranqüilas, provas de mentirinha, para “adequar a avaliação ao perfil dos alunos”;

EU ACUSO os últimos tantos Ministros da Educação, que em nome de estatísticas hipócritas e interesses privados, permitiram a proliferação de cursos superiores completamente sem condições, freqüentados por alunos igualmente sem condições de ali estar;

EU ACUSO a mercantilização cretina do ensino, a venda de diplomas e títulos sem o mínimo de interesse e de responsabilidade com o conteúdo e formação dos alunos, bem como de suas futuras missões na sociedade;

EU ACUSO a lógica doentia e hipócrita do aluno-cliente, cada vez menos exigido e cada vez mais paparicado e enganado, o qual, finge que não sabe que, para a escola que lhe paparica, seu boleto hoje vale muito mais do que seu sucesso e sua felicidade amanhã;

EU ACUSO a hipocrisia das escolas que jamais reprovam seus alunos, as quais formam analfabetos funcionais só para maquiar estatísticas do IDH e dizer ao mundo que o número de alunos com segundo grau completo cresceu “tantos por cento”;

EU ACUSO os que aplaudem tais escolas e ainda trabalham pela massificação do ensino superior, sem entender que o aluno que ali chega deve ter o mínimo de preparo civilizacional, intelectual e moral, pois estamos chegando ao tempo no qual o aluno “terá direito” de se tornar médico ou advogado sem sequer saber escrever, tudo para o desespero de seus futuros clientes-cobaia;

EU ACUSO os que agora falam em promover um “novo paradigma”, uma “ nova cultura de paz”, pois o que se deve promover é a boa e VELHA cultura da “vergonha na cara”, do respeito às normas, à autoridade e do respeito ao ambiente universitário como um ambiente de busca do conhecimento;

EU ACUSO os “cabeça – boa” que acham e ensinam que disciplina é “careta”, que respeito às normas é coisa de velho decrépito;

EU ACUSO os métodos de avaliação de professores, que se tornaram templos de vendilhões, nos quais votos são comprados e vendidos em troca de piadinhas, sorrisos e notas fáceis;

EU ACUSO os alunos que protestam contra a impunidade dos políticos, mas gabam-se de colar nas provas, assim como ACUSO os professores que, vendo tais alunos colarem, não têm coragem de aplicar a devida punição;

EU VEEMENTEMENTE ACUSO os diretores e coordenadores que impedem os professores de punir os alunos que colam, ou pretendem que os professores sejam “promoters” de seus cursos;

EU ACUSO os diretores e coordenadores que toleram condutas desrespeitosas de alunos contra professores e funcionários, pois sua omissão quanto aos pequenos incidentes é diretamente responsável pela ocorrência dos incidentes maiores;

Uma multidão de filhos tiranos que se tornam alunos -clientes, serão despejados na vida como adultos eternamente infantilizados e totalmente despreparados, tanto tecnicamente para o exercício da profissão, quanto pessoalmente para os conflitos, desafios e decepções do dia a dia.

Ensimesmados em seus delírios de perseguição ou de grandeza, estes jovens mostram cada vez menos preparo na delicada e essencial arte que é lidar com aquele ser complexo e imprevisível que podemos chamar de “o outro”.

A infantilização eterna cria a seguinte e horrenda lógica, hoje na cabeça de muitas crianças em corpo de adulto: “Se eu tiro nota baixa, a culpa é do professor. Se não tenho dinheiro, a culpa é do patrão. Se me drogo, a culpa é dos meus pais. Se furto, roubo, mato, a culpa é do sistema. Eu, sou apenas uma vítima. Uma eterna vítima. O opressor é você, que trabalha, paga suas contas em dia e vive sua vida. Minhas coisas não saíram como eu queria. Estou com muita raiva. Quando eu era criança, eu batia os pés no chão. Mas agora, fisicamente, eu cresci. Portanto, você pode ser o próximo.”

Qualquer um de nós pode ser o próximo, por qualquer motivo. Em qualquer lugar, dentro ou fora das escolas. A facada ignóbil no professor Kássio dói no peito de todos nós. Que a sua morte não seja em vão. É hora de repensarmos a educação brasileira e abrirmos mão dos modismos e invencionices. A melhor “nova cultura de paz” que podemos adotar nas escolas e universidades é fazermos as pazes com os bons e velhos conceitos de seriedade, responsabilidade, disciplina e estudo de verdade.

Igor Pantuzza Wildmann
Advogado – Doutor em Direito. Professor universitário.

Gone: Desaparecer (Lisa Mcmann)

Sinopse: No início Janie acreditava que já sabia o que o futuro lhe reservava e pensou que estava em paz com isto. Mas, o que Janie não suportou, foi ver Cabel afundando com ela.

Janie só vê uma maneira de dar a Cabel a vida que ele merece – ela precisa desaparecer. Mas isto pode destruir os dois.

Então, um estranho entra em sua vida – e tudo se desfaz. Seu futuro, antes previsto, sofre uma reviravolta trágica e suas escolhas se tornam mais terríveis do que Janie jamais imaginou. Ela só precisa escolher o menor dos dois males. E o tempo está se esgotando…

Publicado: Esta sendo publicado no Brasil agora mesmo, então para quem interesse já pode ir atraz que o ultimo livro da trilogia agora esta completo.

Pontos positivos: A autora continua escrevendo muito bem e mantem seus personagens sólidos e suas atitudes completamente de acordo ao que eles passaram em vida. Personagens como a mãe dela começam a ser abordados com mais detalhes e até um pouco sobre o passado desta será entendido, fechando o ciclo aberto em Wake.
A história mostra-se ainda mais realista ao tratar de temas como o alcoolismo e o desgaste do relacionamento de Cabel e Janie. Ambos dois mostram exatamente o que a série quer passar: somos apenas humanos, não personagens de contos de fadas, o mundo não é perfeito, de forma que temos de lutar para que consigamos aquilo que realmente queremos.
Outra coisa que chama a atenção neste livro é a força de Janie, mesmo com a maior barra que ela está passando, o que a faz pensar de uma forma mesmo que um tanto egoista as vezes, ela se mantém forte e tenta passar essa força para o Cabel mesmo quando ela está quebrada por dentro.
Acho que por tudo o que a Janie está enfrentando devo dizer que ela se mostrou uma das personagens mais fortes (se não A mas forte) que já conheci, e a força não quer dizer que ela faz as maiores loucuras suicidas do mundo, mas sim, que ela é capaz de enfrentar a realidade, por mais cruel que esta seja.

Pontos negativos: A história volta ao seu clima depressivo e agora com muito mais força que no livro anterior. A personagem toca seu coração do inicio ao fim e você sente a todo momento por saber que não há nada que possa ser feito para suavizar seu iminente "destino".
Mesmo aquele que se acreditava que poderia ser de grande auxílio para ela (Cabel) mostra e a ajuda, mas, ao mesmo tempo lhe destrói, pois todos os seus temores tornam a aparecer em sonhos no qual ela é forçada a assistir horrorizada:
"– Certo, obrigado – diz ele – Você por acaso gostaria de me contar o que está acontecendo ultimamente?
Janie engole seco.
Passa o dedo pelos cabelos e fica olhando ele. Inclina a cabeça e pressiona os lábios, unindo-os, para fazer com que parem de tremer.
Ela não consegue fazer isso.
Não consegue contar a ele.
Não consegue dizer.
Então, ela mente."
Desta vez o foco não é o trabalho, mas sim o que lhe espera de futuro. Ela tenta com todas as suas forças encontrar a melhor forma de viver no futuro e deseja tanto por sua vida que chega mesmo a pensar que talvés fosse melhor deixar o Cabel para tentar fugir de seu destino.
Ele por sua vez sabe que ela está mal, mas, tem de lutar muito para conseguir entender o que acontece, ao mesmo tempo em que passa os dias tentando se manter de pé e escondendo dela seus medos para que esta não fique ainda pior do que já está, sem perceber que as noites revelam tudo o que lhe esconde.
Se antes eu diria que a personagem Janie estava a beira do precipício, agora eu diria que ela já escorregou dele e só pode pensar o que fazer antes de chegar ao chão.

Curiosidades: Em sua página da Amazon a autora afirma que havia escrito este livro uma vez antes e que muito chorou enquanto o fazia, mas, que devido as críticas ao mostra-lo ela teve de reescreve-lo, o que foi feito logo depois da turnê de Fade e ao som de Dido's "Here With Me".
Trecho extra na sinopse do site:
"He reaches toward her, his fingers black and bloody, his eyes deranged, unblinking. Janie is paralyzed. His cold hands reach around her neck, squeezing tight, tighter, until Janie has no breath left. She's unable to move, unable to think. As his grasp tightens further around Janie's neck, his face turns sickly alabaster. He strains harder and begins to shake.

Janie is dying.
She has no fight left in her.
It's over."

Enfim: Uma série muito boa, a autora escreve bem, o que estragou para mim foi que não gosto de acompanhar sofrimentos contínuos e tristesas inevitáveis, mas, o mérito da autora nem por isto é perdido.

Fade: Desvanecer (Lisa Mcmann)




Sinopse: Para Janie e Cabel a vida real está ficando cada vez mais difícil que os sonhos. Eles apenas querem conseguir algum tempo (mesmo que secreto) para ficarem juntos, mas a sorte não está ao lado deles. Coisas perturbadoras começam a acontecer na escola Fieldridge High, mesmo que ninguém queira comentar sobre o assunto. Quando Janie é sugada para dentro do violento pesadelo de uma colega o caso finalmente começa a ter pistas, mas nada acontece como o planejado. Nem de perto. Janie está perdendo o controle de sua vida, e o comportamento chocante de Cabel trás graves conseqüências para ambos.

Publicado: Atualmente já foi publicado no Brasil, logo para quem não gosta de ler em inglês ou baixar traduções pode ficar a vontade.

Pontos positivos:
A idéia do livro é genial, desta vez a Janie está trabalhando para a capitã junto com o Cabelem um mistério que envolve não apenas professores, mas também, alunos. Quando percebe que nos sonhos dos mesmos ela não encontra maiores pistas para resolver o mistério, percebe então que deverá se aproximar dos suspeitos trazendo um grande desconforto para Cabel que quer protege-la a qualquer custo e simplesmente embora saiba que precisa, não consegue aceitar corretamente que ela se envolva de tal forma. A harmonia entro os dois começa a se rachar, mas, o cuidado do Cabel para com ela assim como ele saber o erro que está cometendo e a tentativa dele de não comete-lo não pode deixar de me conquistar neste caso simplesmente emocionante.

Pontos negativos:
Admito, estes foram os que mais pesaram. O caso é brilhante, o relacionamento com o Cabel foi envolvente, mas, a partir deste livro a série começa realmente a desandar na minha opnião. É claro para qualquer um que acompanha que a Janie nunca teve uma das melhores vidas (isso para não falar que era simplesmente um inferno), mas, nada como a sucessão que se inicia neste livro.
O fato é que a Janie recebe alguns arquivos que começam a mostra-la as consequências de ser uma apanhadora de sonhos. A partir deste momento toda a narrativa cria uma clima melancólico para não dizer depressivo, onde o que antes parecia ser uma melhora na vida da Janie agora se mostra uma maldição terrível.
A personagem que aparenta ter tido uma vida inteira de sofrimentos parece que está para ter de aguentar uma barra ainda pior e como no momento as coisas estão um tanto quanto confusas com o Cabel ela se sente ainda mais desamparada de forma que se eu podesse descrever a vida da Jane neste momento em poucas palavras seria:
A beira do precipício

Enfim: Uma série fenomental que começa a desandar neste livro com seu clima depressivo nos deixando pensar somente algo como "poxa, será que a vida dela nunca será melhor?". É claro que isto é algo mais pessoal. Não gosto de livros quando deixam climas depressivos continuados, mas, se você gosta fique a vontade, a série é bem escrita e o caso que o livro narra é muito bom.

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