O assassino era o escriba - Paulo Leminski

Meu professor de análise sintática era o tipo de sujeito inexistente.
Um pleonasmo, o principal predicado de sua vida,
regular como um paradigma da 1ª conjugação.
Entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial,
ele não tinha dúvidas: sempre achava um jeito
assindético de nos torturar com um aposto.
Casou com uma regência.
Foi infeliz.
Era possessivo como um pronome.
E ela era bitransitiva.
Tentou ir para os EUA.
Não deu.
Acharam um artigo indefinido em sua bagagem.
A interjeição do bigode declinava partículas expletivas,
conectivos e agentes da passiva, o tempo todo.
Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça.



Essa poesia é só pra quem é nerd em português. Ainda estou desvendando alguns versos. Ajude-me se for capaz.
1 Response
  1. Ninha Says:

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    admito que não entendi boa parte (peessiimmaa em gramática)

    + ainda ri horrores e agora estou até curiosa para voltar a brir uma gramática

    rsrsrsrsrsrsrsrsrs